Empresa tem planos para adquirir instalações próprias na Madeira, enquanto nos Açores foram comprados equipamentos como uma máquina de destruir papéis, dando resposta a normas internacionais.
A EAD já possui presença física na Madeira e nos Açores, e a empresa de gestão documental, que tem como CEO Paulo Veiga, traça objetivos de crescimento de 30% nas duas regiões autónomas, tendo previstos investimentos de 350 mil euros que se destinam à aquisição de equipamentos e de instalações próprias. O gestor sublinha, em declarações ao Económico Madeira, que as ilhas, pela sua “dinâmica própria”, possibilitam a testagem de novos serviços e produtos.
Para a Madeira, explica Paulo Veiga, está alocada uma verba de 300 mil euros para aquisição de instalações próprias, na sequência dos investimentos feitos nos últimos anos, essencialmente em equipamentos de digitalização.
“Gostamos de ser donos dos nossos imóveis, pois permite a realização de investimentos de adaptação mais facilmente. Na Madeira é o único local onde estamos em instalações arrendadas no Caniço e desejamos investir em instalações próprias, mas a oferta é reduzida e ainda não encontrámos o local adequado para a instalação”, explica.
Para os Açores o investimento chegou aos 50 mil euros, para o desenvolvimento de dois serviços. Um deles foi a aquisição de uma máquina de destruir papéis, que foi “uma necessidade identificada” nessa região autónoma.
O CEO da EAD diz que a aquisição desta máquina de destruir papéis destina-se também a dar resposta ao cumprimento de normas internacionais, “entre as quais o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), para a destruição segura de arquivos após serem avaliados, e adquirimos um scanner para a digitalização de grandes formatos, como desenhos de arquitetura e plantas técnicas.
Estamos a trabalhar em várias frentes e em parceria com ordens regionais como a dos arquitetos”.
Crescimento deve levar a contratações
A EAD espera crescer mais de 30% nas regiões autónomas. “o número parece elevado, mas a base de partida é ainda baixa. No entanto, os resultados estão a aparecer e estamos a contratar novos colaboradores, a aumentar a base de clientes. A expetativa e convicção é que, com os resultados em junho e as perspetivas de negócio de curto prazo, vamos mesmo ultrapassar os 30% de crescimento”, explica o CEO da empresa.
Operação e dinâmica própria das regiões autónomas motivam investimento.
Estes investimentos que têm sido efetuados pela EAD nas regiões autónomas devem-se a três motivos, como sublinha Paulo Veiga.
“Por um lado, os nossos clientes são empresas que operam não só no continente como nas regiões autónomas. Nesse sentido, devem usufruir dos nossos serviços em condições de igualdade”, explica o CEO da empresa.
A presença física da empresa nas regiões autónomas, iniciada há mais de 12 anos, a que se juntam “equipas experientes e completamente aptas a ajudar os clientes nos desafios que enfrentam, em particular nos desafios da economia digital”, foi outro dos fatores que têm motivado o investimento da EAD nestes territórios.
Por fim, o facto de as regiões autónomas serem mercados com uma “dinâmica própria, possibilitando a testagem de novos serviços e produtos comercializados que resultam da nossa investigação e consequente inovação, por exemplo com soluções específicas para a hotelaria”, é outro fator apontado por Paulo Veiga para reforçar o investimento da EAD nas ilhas.
Com estes investimentos, a EAD quer “crescer, vender mais, vender melhor, atrair novos clientes e deixar uma pegada importante para as economias regionais”.
Os investimentos efetuados vão alterar a forma da EAD estar no mercado, vinca Paulo Veiga, através de “mais serviços, maior atividade comercial, aproveitando a retoma nas economias regionais”.
Paulo Veiga realça que atualmente, nas regiões autónomas, os clientes da EAD “podem usufruir das mesmas soluções e serviços” disponíveis no território continental.